
Dunga não quer plateia no último treino para valer da seleção brasileira antes da estreia na Copa do Mundo, dia 15, contra a Coreia do Norte. Assim como fez no último sábado, o técnico decidiu vetar a presença de qualquer pessoa que não faça parte da delegação durante o trabalho que será realizado nesta tarde, noite no horário sul-africano, no colégio Randburg.
A decisão de Dunga foi anunciada por volta das 7h45 (horário de Brasília) deste domingo por Rodrigo Paiva, diretor de comunicação da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Ele afirmou não ter sido comunicado da razão do novo procedimento, já que neste domingo estava previsto treino aberto.
Na segunda-feira, o Brasil irá treinar no Ellis Park, local da estreia. Na atividade a seleção tem que seguir regras da Fifa, que preveem ao menos 15 minutos de acesso da imprensa e captação de imagens. Para evitar desgaste, é comum as equipes optarem por um treino leve ou mesmo recreativo na ocasião.
Esta será a terceira vez desde a chegada à África do Sul que a seleção treina com portões fechados. A primeira aconteceu na última quinta-feira, quando Júlio César voltou a trabalhar com os outros jogadores após uma semana em recuperação de dores lombares. No mesmo dia, os jornalistas puderam assistir ao treinamento realizado à tarde.
Neste sábado, pouco mais de uma hora antes do trabalho começar, os jornalistas foram informados que não teriam a entrada permitida. O fato ocorreu um dia após uma pequena discussão entre Daniel Alves e Júlio Baptista ser noticiada. O desentendimento aconteceu em frente aos jornalistas que acompanharam o treinamento de sexta-feira. A divulgação da informação desagradou à comissão técnica do Brasil.
“Acho uma palhaçada isso aí, colocar que o Júlio Baptista se estranhou com o Daniel Alves. Dentro de campo é normal. Uma jogada mais ríspida não é a mesma coisa que se estranhar. Vivemos uma harmonia muito grande, não existe isso”, afirmou Felipe Melo.
Maicon disse que não espera nada de novo, em termos táticos, nas equipes que disputam a Copa
Jogadores defendem Dunga
Essa harmonia apontada pelo volante foi mostrada ao menos no discurso de Maicon e Ramires. Ambos disseram apoiar a decisão de Dunga, embora tenham visões diferentes sobre a eficácia da mesma.
"Chega no jogo o adversário não sabia quem ia jogar, qual seria o esquema. Quando percebiam era um pouquinho tarde", afirmou o meia, que disse trabalhar dessa maneira em Portugal, onde defende o Benfica. Ele afirmou ter passado pela mesma experiência no Cruzeiro, seu clube anterior. "O Adilson Batista gostava de fechar os treinos no Cruzeiro”, completou.
Maicon endossou o colega e pediu respeito à decisão do treinador. "Se ele achar melhor, vamos apoiar", afirmou, apesar de entender que não há muito a esconder ou mudar para a Copa do Mundo. O lateral não prevê nenhuma inovação tática na Copa, inclusive partindo da seleção brasileira. "A gente não vai mudar muito coisa do que fazemos há um bom tempo", completou.
Mesmo assim, ele justificou o treino fechado como uma oportunidade para Dunga testar algo novo na equipe. “Vai saber? Eu fiquei sabendo que seria sem imprensa agora pelo Rodrigo (Paiva). Se ele decidiu fazer isso, não vai ser a gente que vai contrariar o professor”, opinou.
O treino deste domingo será o primeiro do Brasil à noite. A comissão técnica quer ambientar o time ao frio previsto para o duelo contra a Coreia do Norte. A partida está marcada para as 20h30 (horário sul-africano, 15h30 de Brasília). A previsão é que a temperatura marque -2ºC durante a partida.
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